segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Agradecimentos a 2012, boas-vindas a 2013! // Thanks, 2012! Welcome 2013!


Há sempre uma força que nos movimenta, posso dizer, a priori, que é a fé, acreditar no desconhecido, este que nos amedronta ao mesmo tempo em que nos encoraja a seguir a diante e que nos faz, simplesmente, acreditar. E acreditar é o que dá o sustento, a base para cada passo que damos. Desta forma, os primeiros a quem devo agradecer são aqueles que sempre acreditaram em mim e em meus passos, desde pequeno, a quem devo tudo e mais ainda, meus mais verdadeiros sentimentos, meu amor, minha paixão, minha própria fé e admiração, aqueles que representam mais que uma família e, talvez por isso, sejam os únicos que recebem o nome de mamãe e papai. Nenhum milímetro distante dos meus sentimentos por meus pais, transpassando também as fronteiras de fazer parte de minha família tornando-se única em minha vida, de tal forma que, além de tudo, reservo meus mais altos sentimentos de ciúme, à ela devo agradecer por sempre estar ao meu lado, lembrando-me sempre de que a coragem é outra força indispensável, e por me proporcionar ensinar e aprender ensinado, minha maninha. Ter coragem e acreditar ão as principais engrenagens que nos fornecem movimento, mas infelizmente, é preciso colocar a máquina para funcionar através da força do trabalho, é preciso lutar, a menos que você tenha a proteção de alguém, ou de um anjo da guarda, como eu tive, e este anjo, que esteve comigo em todos os momentos de minha vida, e que quero - como todos também querem - sempre por perto. Este anjo recebeu carinhosamente o nome de Tia Lena, a quem reservo meu muito obrigado por todo bem-estar e segurança que tem me proporcionado nesses últimos sete anos, acreditando em mim e, principalmente, no meu potencial, obrigado também por sempre, de certa forma, cuidar de todos nós, muitas vezes em detrimento a cuidar de si mesma! Observando esse sistema, que acredita e luta como uma máquina, eu percebi que acreditar e lutar são essenciais, mas foi preciso um tempero, uma pimenta bem ardida desde pequeno, que não me deixasse confortável ou apático diante das circunstâncias - foi necessário um ensinamento para a vida para chegar aonde cheguei - por isso, gostaria de agradecer à Tia Milta, e às minhas primas Lu e Tabata, por darem essa apimentada, com exemplos e algumas broncas, em minha vida. Reservei este espaço ao final, na base da página, para agradecer aos meus queridos avós, Vó Ana e Vô Tatão, por me mostrarem, ao longo de todos os anos, principalmente durante a minha criação, a construção de um elo entre o início e o fim, um elo possível entre gerações, como o desenho do cubo, que aprendi com eles próprios, onde todos os vértices possuem uma ligação, diria que, vindo deles, é a ligação mais forte de todas, mais forte do que o próprio aço, que é o amor incondicional de uma verdadeira família, por eles alicerçada.

_________________________________________________________________________________

Muito obrigado a todos que acompanham o blog, que 2013 traga com os ventos boas energias e que a concretização dos sonhos, as mudanças, as realizações que vierem, somem, como o que vier, somente mais e mais alegrias!


Many thanks to all who follow the blog, I wish that 2013 bring, with the winds, good energy  and  I hope that the realization of dreams, changes, achievements that will come, add, like what will come, only more and more joy!
________________________________________________________________________


sábado, 22 de dezembro de 2012

Desabafo - Da Integridade do Ser Humano e o fim do mundo

Dizem que o Natal é uma época para renovações, talvez, diria, a preparação para um novo ciclo que se iniciará com um novo ano, mas, em 2012, com certeza, tudo chegou mais cedo, afinal, não se fala em outra coisas a não ser no final do mundo - este que hoje começara no Japão que, por sua vez, mais avançados e modernos, rapidamente construíram tudo de novo! E poxa, o dia passou aqui no Brasil, mas quem diria, nossa mais querida presidenta, Dilma, salvou todos com o "bolsa fim do mundo" - êta presidenta boa!
Bem, como podem ver, o dia 21 passou, e agora eu creio que estamos mais preparados do que nunca para lidar com essas adversidades, diria até que estamos mais do que preparados ainda, pois estamos, de certa forma, mais focados, profissionalmente, hoje em dia sabemos a nossa "função", como também hoje em dia estamos mais distantes de nós mesmos.
Esta época me trouxe uma breve reflexão, antecipada, mas, estamos em 2012! Sigo inconformado - o que não é grande novidade - a respeito da integridade, não profissional, pois esta, creio, todos nós a representamos muito bem, mas sim àquela que diz respeito à sinceridade para com nossos próprios sentimentos, à nossa verdade, e que é esquecida e disfarçada pelo "bem-estar" capitalista do consumo rápido, de sensações efêmeras e produção de lixos materiais, sociais, culturais, humanos e desumanos. Uma integridade tão corrompida, que, sem que percebamos, nos individualiza, nos faz esquecermos do amor para com o outro, da gratidão estampada no compartilhar vitórias, sorrisos, alegrias, muitas vezes, por tão pouco! - Essa semana isso me ocorreu, venho pensando que estou perdendo a vida em mentiras, não criadas por mim, mas, metaforicamente falando, mentiras inevitáveis que, de certa forma, nos levam à um final trágico para mim mesmo, uma certa mentira que coloca outras pessoas a frente em detrimento de mim mesmo - essas mentiras são ruins e não dizem respeito à ajudar pessoas - pelo contrário, o que me ocorreu, me deu esperança, pelo simples fato de eu ter ajudado alguém de tal forma que, sua vitória, se tornou minha vitória também, pois ela compartilhou isso comigo, com gestos bem simples, me senti fazendo parte de algo, por mais simples que fosse, e foi aí que revi a minha essência, meus valores e lembrei que podemos ser e que sou mais forte que qualquer adversidade, assim digamos. Principalmente, por outro fato, lindo, que também me ocorrera, o qual não entrarei em detalhes.
Tais fatos, me fizeram acreditar fielmente que o ser humano é realmente bom - talvez este seja o meu maior erro, pois assim confio naquelas destrutivas mentiras, que são fracas diante de nós mesmos, então, caso encerrado! Também é um erro sonhar que um dia as pessoas enxerguem que vivemos em um sistema falido desde sua existência, pois ele fora criado por uma lógica ilusionada, por vislumbres! É claro que ela teve e até tem sua lado bom, visto o avanço das ciências, que apagaram o avanço da humanidade do ser humano, por isso não digo que este seja um avanço das ciências e das artes, pois as artes dependem primordialmente da humanidade, como a religião que, como vemos, ambas, não estão no seu melhor momento. Aliás, uma pergunta não quer calar: O que será do ser humano, sem a psicologia da religião? Mas, descartar ilusões só para dizer que temos poder sobre si mesmos ainda não chega perto do pior.
Inconformo-me profundamente ao ver um mundo tão evoluído, e tão sem poder, o poder de modificar realidades! Pois, convenhamos, por que mesmo em meio a tanta evolução, ainda existe a desigualdade? Países, cidades, regiões assoladas por doenças, e o pior, pela fome! Pela sede! Pelo conflito! Pela falta de amor! Onde está a humanidade do ser humano? Onde estará  a sua integridade de ser humano? Essa é minha preocupação, meu refletir nesse novo ciclo - meu ciclo será de verdades que privilegiem minha integridade de ser humano que começa, acima de tudo e primeiramente, comigo mesmo e até para com os outros, mas "fora" desse sistema de mentiras.
Uma vez, quando disse que meu maior objetivo profissional, e até mesmo pessoal, pois era um objetivo muito sincero comigo mesmo, era alcançar a justiça e equidade social no sistema, disseram-me para eu pensar melhor, pois isso é impossível. Na verdade, creio que não é, só é impossível pois esta realidade  está distante da pessoa referida, creio que, realizar este sonho. a até mesmo, salvar o mundo, não é impossível, na verdade é mais fácil e está mais perto do que imaginamos!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Erotico

Nenhuma troca de olhares havia sido, até então, tão verdadeira.
Distantes, virtuais, desconexos mas ainda assim
Eu posso ouvi-lo chegar tão perto.
Que fecho os meus olhos, 
E me entrego às suas mãos.
Ao sentimento de contato e irrealidade.
Ele é o único que consegue me tirar daqui.
Entre o meu riso, um fetiche
De olhos vendados ele me leva ao meu quarto ainda com as luzes acesas
Quando abro os olhos, deitado na cama, entrego-lhe um ultimo olhar sobre o nada
Apago as luzes e, no escuro, deslizo meu corpo sobre o colchão sem vida...
Sobre o seu peito me deito, imaginando como se estivesse ali!
Excitado - não pelo sexo - mas pelo toque da lã, o seu toque
Pela imaginação na escuridão,
Deslizo meu corpo sobre o seu - e ele nem sentirá, pois,
O prazer do momento nos faz esquecer de todo o resto.
É só o meu corpo, sobre os objetos do seu. 
E não é o sexo que nos une - mas o toque,
Fisiologicamente imaginado, 
Psicologicamente sentido,
Rapidamente impulsionado,
E milhões de pensamentos, quase que idênticos, explodem naquele momento
Querendo dizer somente uma coisa,
Não é o toque...


domingo, 9 de dezembro de 2012

Sublimação

O maior questionamento ao qual nos colocamos é escolher uma entre duas opções.
Mas isso se torna pior quando as alternativas são: um pouco ou nada daquilo que nunca teremos.
Questão essa que sempre nos é colocada, mesmo que não percebamos, e que ocorre demasiadamente em minha vida.
Imagine quando você se coloca na seguinte questão: ter só um pouco ou nada de sua própria vida.
Percebi aí o quão efêmera é a vida e como ela se torna impossível se não criamos, se transformamos para melhor realidades desprezíveis ou sem fazer a maior parte do que havíamos planejado.
E como nos deixamos levar por falsos sentimentos, falsos brilhos em universos!
Me resta agora, uma necessidade insaciável de salvar a vida que não salvei...
Pois, longe disso, perco as forças!
Minha alma está saindo do corpo aos poucos - sinto que é aqui que ocorre a sublimação da matéria,
Ou da parte humana do ser humano que,
Apesar de,
Muitas vezes,
Não poder se expressar por diferentes linguagens, nem ao menos pela linguagem visual,
A linguagem torna-se a esperança que poderá salvar aquelas vidas.
Agora percebo que a morte é sublime e inevitável, e que sem ela minha esperança de salvar vidas, talvez nem existiria.



sábado, 24 de novembro de 2012

No tengas miedo!


Um breve momento

Eis um momento de certeza
E era tudo o que eu precisava
O momento em que olhei para trás
E vi que não desperdicei meu tempo
Remoendo sentimentos não correspondidos,
Que de fato não sofri.
Foi o momento em que senti a brisa fria do vento
Tocando minha pele, e possuindo meu corpo
Como se eu fosse uma obra de Bouguereau
Com o desejo que suas mãos me tocassem como a brisa.
E foi aí que eu descobri que o amor não é a luz,
A luz é o encanto, o amor é o que produz o encanto
Não é química, nem física,
É a pura e simples meta-física
Que só uma meta-semiótica poderia entender.
O amor só existe quando há verdade
E se torna a força mais potente que existe.
Capaz de dizimar até mesmo a racionalidade do destino!
Ou de um futuro pré-estabelecido.
Pois, de que adianta tanta racionalidade se não vivermos o amor?
Por seres humanos que desafiam as grades, marcadas, e os fios de desconexão para conexão!
O homem que prefere robotizar-se ao invés de desafiar-se, ainda não entendeu o sentido da vida.

wtf? - Filosofia contemporânea - A obscuridade das relações virtuais. a robotização do amor? =( 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Deflexão

O que é o cárcere se não uma sementeira de luzes, reflexos e ilusões?
A própria deflexão de minha imagem e de meu caminho pela inversão.
Eu era aquele criminoso, aquele menino inseguro e ausente.
Condenado pelo desperdício da verdade!
Conduzi-me por uma sistemática, sem procurar entendê-la.
O que fazemos todos os dias é desperdiçar
Desperdiçamos de tudo um pouco, 
Mas esquecemo-nos que o que mais desperdiçamos é a nossa própria vida.
É claro que olhamos em nossos espelhos e não vemos quem somos!
Não somos a simples deflexão das cores, de raios de luz,
Não somos a simples deflexão física das coisas,
O espelho, nos mostra o nada que somos,
A deflexão dos nossos caminhos
Por abandonarmos sonhos, por abandonarmos a imaginação
Por medos, pelo respeito à tradição, por sermos politicamente corretos!
Assim, condenei a minha vida, inverti papéis, interpretei atores pelo tradicional preconceito.
E o melhor, não vi nada!
Ninguém nem notou...
Era só uma deflexão.
Era a "normalidade"!

Talvez causada pelas ondas de minha televisão enquanto me alienava vendo o pânico banalizar a vida.


Análise - comp. nº 100

Deixem ele voar por si só!
E ele voa alto!
Sem guia nem proteção!
Mostra que não conhece aquele manto azul escuro
Que o acolhia como parte de si mesmo.
Aquele era um pássaro de porcelana
Que voou alto entre cinzas e a escuridão.
Que admirável coragem!
Até que o brilho das cores também fora coberto
Nada mais se via...
O pássaro olhou para si próprio e nada enxergara,
O medo tomara conta de si!
Havia ali duas opções: confiar em si ou deixar-se cair
Quebrando-se em incontáveis pedaços
O pássaro nada fez...
As cinzas deram rapidamente lugar à luz!
Estava bem,
Entretanto, conhecera suas fraquezas,
Reconhecera a importância de ser guiado
E de uma nova oportunidade.
E o pássaro novamente voou alto!
Preparado, voou sem medo na escuridão.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Amor e Destinos

Já havia reservado um espaço entre textos e palavras

Mas incrivelmente nenhuma linguagem visual conseguira, e nem conseguirá, suficientemente decifrar o que, no cárcere, fora alicerçado.

A perfeita ligação entre o amor e o destino.
Almas ligadas pela cumplicidade, e pelo sabor doce do prazer.
Perfeitamente fora imperfeito, assim deveras.
Dos portos de famosas pontes, nascemos, e assim o amor e o destino nos impôs para que aprendamos:
O porto não faz pontes, apenas recebe os navios que lá repousarão, protegidos do frio.

E talvez partirão.
Mas o tesouro que cada um traz consigo...

Ao meu cúmplice.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Desabafo

Trago aqui todos os recortes de uma vida, palavras que não tiveram escape, sentimentos que ficaram presos, tudo o que guardo comigo em meu diário de palavras que talvez nunca seja aberto ao grande público, este que se faz presente na maioria dos momentos de minha vida, e que corresponde ao meus amigos, minha família, todos que eu observo e que me observam, mas que, mesmo assim, nunca sei quem realmente são, como também nunca saberão quem realmente sou, dado que nem ao menos eu mesmo sei.

Há algum tempo sigo sem inspirações - talvez porque esteja desiludido e desencantado de amores, que eram minhas maiores inspirações, amores ou inspirações quase sempre não correspondidas - e, dessa forma, a história se repete e perde a graça! Nem ao menos a dor do amor existe, já é mais que natural e, por isso, talvez o passado já nem me importa.

Há tempos venho observando o futuro, não sabia o que estava procurando, mas imaginei que ele pudesse me garantir uma certeza: a segurança que eu buscava, embora nunca admita que isto é o que eu, e um monte de gente, mais buscamos. Talvez seja falha do sistema, mesmo assim, o futuro não me deu respostas, nem ao menos essa tal da segurança, somente uma frase: "Desencana, que a vida engana!"

Observando-me agora, me sinto vazio (um paraíso para os demônios, cuidado!), ao mesmo tempo que muito prodígio, vislumbrando um futuro e arquitetando sonhos! Flagelo-me lembrando-me da ferida - a incerteza é nosso maior sofrimento - e o meu pior castigo é a memória, esta que nos mantém camuflados e corrompidos de pés no chão, um pesadelo constante! Feliz aquele que vive dia após dia e esquece, recomeça, sonha e conquista tudo outra vez; a vida deveria ser assim - o pôr do sol deveria nos encantar a cada novo novo dia - aliás, já observaram que nunca consigo dizer somente "novo dia"? Todos os dias renascem, renovados, e de certa forma trazem algo especial para mim. É interessante pensar, como os dias podem ser como a phoenix, renascer das cinzas e mudar completamente seu próprio "destino" (isto é, se ele existir), e, talvez, dessa forma os dias ainda me façam acreditar no mais precioso bem da caixa de Pandora, a esperança, e perceber que temos apenas uma vida, somente aquele novo novo dia, que não se repetirá, e talvez uma nova oportunidade que não será a mesma e talvez, e talvez, e a vida é, talvez, um constante talvez. Na verdade, a minha grande questão foi o "talvez", cheguei a acreditar que a vida era ela própria esse constante "talvez", mas aí me vi vivendo somente a partir das respostas do sim e do não. A vida não é constante de "talvez", a vida não se resume, a vida é "tudo ao infinito" e o "talvez" é só uma parte dela - a vida é um movimento constante! E nela só uma coisa é certa - o presente - que é, pode ser, ou era cercado do "talvez", este que, por sua vez, pode afogar o tempo - passado e futuro - numa simples gota de ambiguidade. 

E assim, acreditando demais no "talvez", perdi-me no tempo - hoje preferiria apagar boa parte do meu ambíguo passado, para, de certa forma, garantir (mesmo que seja no sonho) parte importante de um futuro idealizado de volta. Entretanto, o hoje também é incerto, digamos, mesmo que esteja na minha melhor condição em todos os aspectos, a efemeridade da vida me assusta e, mais do que ela, a inveja, que nem vale discussão. Mas é justo a efemeridade da vida, esta que experimentamos todos os dias, novos novos dias, que me atormenta, mas, por hora, apenas entendam - não a vida, mas os dias - sem querer saber o porque do passado, nem o que vem depois, e, simplesmente, vivam.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe" (Oscar Wilde)


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Incompleto

Um ser humano só se sente incompleto porque não achou uma razão que o completasse.
E a questão nem é procurar, se esta não for a razão que o complete.
Mas sim fazer acontecer ou não fazer ou até fazer e não acontecer.
Não é desorganizado, nem também organizado.
Nós sabemos ao mesmo tempo em que não sabemos ou fingimos não saber...
E de tanto fingir, acaba se tornando verdade justamente o que nunca foi uma verdade.
As vezes é um homem, as vezes sou mulher, e as vezes os dois ou nenhum deles,
Mas o fato é que nunca sou o mesmo.
Completar-se é ainda sentir-se incompleto querendo completar-se.
A relação não tem pontas definidas,
E as vezes nem a vida tenha!
E não é um paradoxo, nem uma dualidade... é só a normalidade!


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Céu


Eu gosto de ver o céu e, as vezes, é só o que eu preciso.
É intocável e me faz pensar no impossível, que é apenas um modo de ver as coisas sem pensar em outras possibilidades.
Cada nuvem, passageira, é como uma esperança, lenta, como deveria ser. E mesmo quando cinzas, carregadas, não deixam de ser flutuantes, há paz no céu!
Apenas observo.
Há esperança!
Há paz!
Há o movimento flutuante!
E eu também flutuo, de bruços, refletido no mar...


domingo, 3 de junho de 2012

Conversa de Moira

Estou me sentindo leve
Uma mistura de estar por cima, flutuando...
Nada realmente importa,
Fazia tempo que não me sentia sem preocupações...
Estou vivendo a vida intensamente de novo, como criança....
Mas não mais como aquela criança,
Outra criança:
Nem aquela de 13 anos, a que rimos a pouco
Nem aquela de dois anos atrás, que buscava se encontrar no desconhecido,
Nem aquele de ontem!
Queria entender que tragédia grega é essa
Que tudo muda o tempo todo!
Sometimes o futuro parece certo,
Gostaria de conhecer o meu destino...
Assistir a tragédia e perder a graça.
Acho que é por isso que se vive apenas uma vez por vez!
E ainda assim nenhuma delas é a mesma...


sábado, 5 de maio de 2012

Certeza Incerta


Ou tudo ou nada.
Talvez tudo talvez nada.
O pouco ou nada?
Nada!
Talvez um pouco...
Um pouco de nada e tudo.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quando os anjos caem

Todos os dias
Em cada hora
Desde os minutos
Até os segundos
O instante!

Quando perdi minhas asas nada foi o mesmo

O instante
Até os segundos
Desde os minutos
Em cada hora
Todos os dias!

Quando toda minha vida passou pela minha mente e nada foi mais o mesmo

Entendia-me e o sentido da vida.
Um anjo caído não é mais um anjo!
Por que caístes?
Por que procurava viver...
Entender a vida é querer viver.

Anjo, eu não te dei vida porque já fostes perfeito.
Há certas coisas que não precisamos entender - o que é perfeito!
Perguntar-se sobre o perfeito é a maior imperfeição de todas!
Eis a blasfêmia humana!
E eis o seu castigo!
Os anjos sem asas caem!
E quem disse que um anjo precisava ter asas?

Mas queria aprender o que é perfeito...
O que é perfeito não se aprende!
Na Terra, os anjos caídos procuram aprender
Junto aos meus filhos, com os teus irmãos!
Procuram entender até a imperfeição que por si só já é perfeita!
Lá, todos querem e, não satisfeitos, esquecem-se que são irmãos.
Essa é a diferença dos anjos caídos - Tu agora sabes o que é perfeito!

E, sem asas, cairás na Terra.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Juntos o movimento é infinito!

Por um minuto eu realmente me perguntei se aquilo estava realmente acontecendo - não pensava mais em nada, apenas se era real, era como se estivesse concentrado em uma obra de arte! Era incrivelmente inimaginável e mais incrível ainda o que eu sentia naquele momento.
Enfim, os corpos dançavam a dança que me cercava.
Embora já feliz, não estava mais sozinho, e a felicidade se duplicara.
Seu sorriso, meu nervosismo, tudo fazia sentido naquele momento.
Mas o amor é a reconquista, tudo se reencontra em movimentos de padrões elípticos!
Assim eu te deixei partir mas a cada novo novo nascer do Sol, ah! O Sol seca as minhas lágrimas, lembrando-me da reconquista, que por vezes é infinita.
Meu movimento é elíptico e em torno do Sol! As vezes mais longe, com também mais perto, até existirem os planetas, os mundos, o Sol, os meteoros, a guerra fria e sem sentido dos orvalhos, toda a gente e nós dois.
Nada é exato, nenhum sentimento compartilhado, nem os sonhos...

Eu não sou branco,
Eu não sou ninguém?
Branco é a folha do papel.
Eu sou alguém!

Ainda não me acostumei com a ideia do sentido das coisas não fazer sentido.
Da pisadela e do beliscão surgimos, o que compartilhamos é a luta, a troca, a dança o beijo!
Dançaria eternamente com você, mas a dança - até ela é finita.
Bendito é o fim, bendita é a morte, Bandeira - mas juntos somos infinitos!
Meu movimento é elíptico e em torno dele! E não é a dança é o movimento!
Sempre longe, sempre perto, ele sempre comigo e eu sempre com ele - o movimento é infinito!
E hoje a morte - nem ela tem sentido! - O fim não é dela, é dela apenas o milagre!
Movimente-se, Bandeira!
Movimente nossa bandeira!
Movimente-se comigo!
Movimente-se comigo e com ele!
Movimente-se como eu e ele e assim, juntos, seremos infinitos!
Não é um milagre que precisamos, é apenas que movimentemo-nos! Juntos!
Ao infinito e além!



segunda-feira, 26 de março de 2012

Sadomasoquismo


Eu queria mostrar, fazer com que sentisse de alguma forma que toda responsabilidade e idealismo que eram atribuídos a mim não eram necessariamente só meus - Ela precisava ver, sentir ou saber que a vida, em certas condições, era pesada não só para mim, pois, em qualquer instante tudo pode dar errado, como é o que tende a acontecer, e as responsabilidades não seriam mais minhas, mas dela também. Bem, queria que soubesse, entretanto, que apesar disso, enquanto estiver vivo, reunirei todas as forças que conseguir para te trazer a leveza da vida.
É engraçado o que o idealismo faz com as pessoas, o prazer romântico da busca por uma perfeição ditada por quem? O que é perfeito? Quem diz que o que faço é errado ou certo? Quem tem o discurso da razão? Pois bem, quando eu tomo um remédio, destruo um problema, mas, em alguns casos, crio ou ajudo a criar mais outros nove problemas. Não sei até onde isso é ético, mas enfim, o médico disse que temos que tomar dado remédio para o nosso bem! Por isso, as vezes, prefiro a dor ou então, por isso também, arrisquei esse caminho. Parece fácil falar ou me ver, sempre feliz e com problemas comuns, nunca fica doente, tem a saúde perfeita! Mas não é fácil manter toda uma estrutura, todo um castelo ou reinado, sem ter em que se apoiar firmemente, e nem em quem para confiar.
Ora, sagrada ironia desse contexto, é fácil assistir o teatro dessa vida, e mais fácil interpretá-lo. Tudo é repetição. Tudo é idealismo. Tudo é romantismo. E cada passo que eu dou, mesmo que em falso, piso certo, pois sou o príncipe, aprendiz de Maquiavel, herdeiro da fortuna e amigo da virtú. Toda nossa humanidade gira em torno de ideais românticos, em repetições de contextos aleatórios, mas o jeito que se leva a vida, é sempre o mesmo, o que se espera das pessoas é sempre a mesma coisa, e assim firmo minhas estruturas interpretando contextos perfeitos ou ideais. E nesse adaptar-se ao contexto em ironia, pessoas sofrem, machucam-se ou até morrem, entretanto, as vezes é preciso, e mesmo que inconsciente disso, é aí que sou sádico e ao mesmo tempo masoquista, pois adaptar-se ao meio, não ser livre, vivendo em prisões de pre-conceitos criados por idealismos e aceitando tais condições para somente sobreviver à seleção natural humana,  nos faz sofrer sem que saibamos o motivo, e esse sofrimento nos dá prazer, pois, sofremos para sobreviver! 
E cada gemido de sobrevivência que damos nesse ideal sadomasoquista é um orgasmo, ao presente, o presente.
A mama é um órgão sexual feminino, portanto, ela, inconscientemente, sente prazer em amamentar o filho, dado que, é uma das melhores lembranças para as mulheres - muitas vezes isso dói.(masoquismo inconsciente). E o bebê, neste instante, é alimentado por ideais românticos - mas ele adora(sadismo inocente).

sexta-feira, 23 de março de 2012

Em que não é meu


É hora de dizer adeus e não há nada mais triste.
Bebo o último gole do café aguado e amargo, o qual deixei sem açúcar
Enquanto apago o cigarro que você deixou aceso antes de partir.
Penso em sair sem olhar para trás, mas é inevitável,
Sinto prazer em corroer a parte viva do meu coração
E deixar apenas o calcário, como uma ostra.
Entretanto, como de costume, volto esperando que volte.
Acendo um cigarro, sinto o seu trago e delicio-me com o seu perfume.
É o que me resta - o que o fogo já havia queimado.
Seu amor é cinza, deixa marcas que se apagam com o tempo,
Mas ainda me faz buscar as cores no labirinto de sua volta.
E perdendo-me em lugares de ninguém,
Mesmo que marcados com com o laço frouxo de outrém,
Encontrei-me no lugar de mim mesmo.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

READY MADE

As idéias, o que são?
Ora, livres, criarão objetos
Que ali estão.
As idéias, o que são?
Ora, livres, realocarão
Objetos que ali estão!
E se os objetos forem as pessoas,
As idéias seriam mundos!
Em que mundos viverão?
Ora isto se torna aquilo
Ora, agora,a hora torna a horta morta,
A morte em arte!
A memória de dissolve dali!
A visão é meramente simbólica...
E o que seria do simbolismo sem as nuances dos entendimentos?
Mas a pupila já não enxerga os detalhes...
E a evolução?
De que ela seria se nada mais partisse daqui?
Vamos partir para outro mundo!
Pois, isto não é mais aquilo!



A Poesia da Canção

Dizem que pra fazer um bom samba é preciso de um bucado de tristeza
Ou até que as melhores poesias e canções surgem dos momentos de dor ou de algum tipo de sofrimento...
Eu posso afirmar que sim, mas é que a dor serve para que aprendamos grandes lições
Mas não há aprendizado que se legitime sem ser compartilhado
E compartilhar algo vindo do sofrimento, não é uma tarefa fácil, mas é preciso!
Daí surgem grandes canções ou poemas, com os quais nos identificamos ou nos encantamos...
Parece ruim, mas a dor é um de nossos sentimentos mais contagiosos, mas que nos traz mais verdades...
Demora um tempo para que compreendamos que há algo mais forte que a dor...
E que não é necessário procurar a dor da própria dor, ou tentar projetar sua dor na dor do outro para esquecê-la,
Há algo maior, e que também transforma a poesia das canções em versos que, verdadeiramente, se eternizam!
Porque meu coração não bateria feliz, toda vez que te vê, nem meus olhos sorririam tanto enquanto te seguem se não fosse a poesia da canção!
E nem a minha poesia ganharia todo sentido se não fosse pelo próprio amor, que se sente, pelo amor que se compartilha!
O amor, verdadeiro, e que é verdadeiramente eterno, como as poesias que o exaltam!
E que, diferente da dor, passageira, é esquecida...


Escrever agora parece tão fácil, 
Mas ainda é cedo para escrever tudo o que sinto.




domingo, 12 de fevereiro de 2012

Isso nunca aconteceu antes

Dentro daquela caixinha de Pandora, a qual chamamos de computador,
Imagine acontecer algo que nunca havia acontecido antes:
Encontrar algo que moveria seus lábios os convertendo em um sorriso, diferente de todos os outros...
Gosto de pensar que não é só um encantamento
Ou uma simples e verdadeira magia

Gosto de pensar na possibilidade de algo concreto..
Alguem que moveria meus lábios os convertendo em um sorriso, aquele, diferente de todos os outros,
SEMPRE
Quero sentir o toque de suas mãos em meu rosto,
Unir nossos corpos em uma singela e encantadora dança até
Encontrar-me no brilho dos seus olhos e,
Ser, enfim, eterno, mesmo que, como o céu, nunca o tenhamos alcançado...


P.S.: Essa foto foi roubada mesmo! hahahaha'



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Chuvas de verão

Hoje faz calor debaixo das cobertas por não haver vento.
Hoje, o aqui é quente por não haver vento.
Mas do lado de fora faz frio, mesmo sem haver vento.
Hoje, o aqui também é frio por não haver vento.
É verão. Será a chuva?
Agora não há mais o vento que a trouxe.
Onde estão os ventos?
Onde estão os sussurros?
Logo surge o Sol!


O Processo Criativo


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails