domingo, 7 de fevereiro de 2016

Sol

Se existe uma poesia para o nascer, ela deve descrever toda a sinestesia de um único momento.Quais sensações você pode imaginar quando o Sol dá os primeiros tons de um dia, na orvalhada manhã com gosto do café ou do pão ainda fresco da padaria da esquina? O seu sorriso a me ver acordar do seu lado, mesmo de olhos quase fechados enquanto os pássaros cantam ao alaranjado céu – talvez tenha ouvido o meu bom dia.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Do fim da juventude

O desejo de escrever é constante, porém tento atravessar uma barreira criativa. Penso que possa ser o fim da fugaz e arrebatadora paixão de quando se é jovem e da ação sem pensar em consequências, afinal, se é livre e apenas vivemos uma vez! Em minha tenra idade, é triste assumir o sentimento do precoce entendimento das coisas do mundo, das emoções dos outros, do poder de se cativar, do aprendizado do adeus. É como se nada mais me encantasse por ser novo, diferente e mesmo perfeito, afinal, as coisas do mundo tem significados tão triviais, tão banais e a busca por seu sentido apenas me faz crer que não é dele que precisamos - sigo em movimento contínuo, automatizado e com programações que me desencantam. Pagamos o preço pela liberdade que, mesmo assim, é o percurso mais conveniente, pois é dela que se criam novos infinitos. E talvez devesse procurar um novo infinito e me perder nele, mesmo em meio à cálculos e sentenças matemáticas exatas que são criadas em minha mente, inconsciente, tentando compreender o mundo em sua conexão - os algoritmos chegam às sentenças engendradas e o sistema segue seu fluxo - não para - por diversos efeitos, não pode parar. Que os números não substituam as letras. Talvez a paixão deva ser a física, de certo, a metafísica - o conhecimento me entorpece e cada vez mais distante da realidade fico. 

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