quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Google - poema pós-moderno.

Google no poema.
Google num poema.
Não cabe.
Poema no google.
Poema num google.
São vários.
Mas é único.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Árvore

Árvore de olhos
Perfeita para um organismo surreal.
Com os frutos da queda, se mentes,
Produz óleos com perfumes de cores oblíquas.
Acá alma o leão e suas leoas.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Teoria Cotidiana

A divagação do certo e do errado
Argumentos a favor de opiniões
A vitória do mestre
Algemando ilusões

"Que a vida não se mede por razão"
(Leo Cavalcanti)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Blue Velvet

Somos dominados pela cor azul - um enigma.

A cor do que domina é azul.
O céu é azul e, para muitos, ele é o limite.
A alguns, que desafiam o limite
- Do preto ao incandescente -


Pode ser que eu diga que 
Tem-se o enigma develado.
É azul. 



sábado, 23 de novembro de 2013

Água de Jamaica

De momentos!
É que se ganha impulso para um movimento infinito.
E da felicidade
É que se ganham os sorrisos.
E o que mais importa?




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Começar um novo dia

Passar a virada do dia
meia-noite
Com aquele que te enaltece!

Falsos beijos e palavras vazias.
auto-engano
Pensa e diz ambiguidades negativas
como se fossem verdades.

Olhares entrelaçados
Humilha-me
E coloca o rosto inseguro no meu colo.

Nada dura para sempre,
Nem o dia
Nem o momento
Talvez estivemos incoerentes.

Previsível, você pede um beijo.
Eu vou embora.
Um novo dia acaba de começar.


domingo, 3 de novembro de 2013

Da presença e o suicídio.

Translucida se torna a mente, incoerente,
Daquele que sente que a presença deva ser evidente.
Todos os dias se vê gente, sorridente, atraente.
Exigente.
Egoísta.
A vanguarda imponente, com seus ismos, faz-se divergente:
De um surrealismo, a presença é apenas narcisismo.
O expressionismo é egoísmo - o homem sozinho -
Suicídio.
A expressão tortura, persegue.
A própria presença incomoda.
E minha presença exigida, por quem queira, é egoísta.
Há quem diga que o suicídio não passa de um egoísmo.
Mas querer estar presente é suicídio.
Um suicídio em doses lentas
De falsas verdades.
É a realidade?
Ou o lirismo das vozes intransigentes
De nossas mentes?



sábado, 2 de novembro de 2013

Tornados

É estranho sentir-te sem tocar-te.
É estranho amar-te e perceber que, 
Como num tornado, 
Entre volta e outra, 
Te vejo e você se distancia,

Te vejo e você finge se aproximar.
Tornados são apenas perigosos
machucam.

Mas a fuga é simples!
Trancar-me-ei no escuro
Para não mais te ver.
Trancar-me-ei tão distante
Protegendo meu coração

Que após um tempo, 
Te verei e você estará longe de mim.
Te verei e já saberei o que fazer.



sábado, 26 de outubro de 2013

Mariposas

É belo como as mariposas
Enveredadas nas misteriosas ramas da noites
Disfarçadas entre o póllen e o bico,
Devaneiam-se à luz da lua.

A procura enganosa do mel
No céu, a procura do queijo
Do beijo, em seu encontro mortal.
O encontro sepulcral.

Pobres mariposas em busca de luz
Enjaulam-se em casas
Desintegram-se no estômago das aves
Seu domínio é o silêncio

E talvez, em silêncio, em segredo, deixe morrer de mil leituras.
Que das suas asas se renovem as cores
À luz dos dias.
Mariposas.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sabe

Hoje eu limpei toda a minha casa!
Terminei com um desses casos que não geram nem uma boa história,
Mas só poesias.
Sinto-me renovado a ponto de escrever um livro
E terminar a minha própria história!
Que seja azul!


domingo, 20 de outubro de 2013

Cotidiano

A metáfora do olhar para o espelho e seu reflexo.
A resposta de olhar para si mesmo e refletir sobre você.
As vezes queremos que as coisas mudem.
Mas a respostas está no céu limpo.
A lua, as estrelas, sempre estarão lá.
A resposta é mudar a visão sobre as coisas.
O horizonte pode ser vertical.
Não basta olhar para fente!
Olhando no espelho me esqueci.
Olhando para mim, refleti:
Olhe a sua agenda
E me diz:
Qual o seu tempo pra ser feliz?


As vezes eu penso que o brilho do Sol, o encanto da Lua me chamaram para entender o que mais importa na vida. Já não sou o mesmo de antes.

sábado, 28 de setembro de 2013

Poema de uma noite triste

tuli tulim tupá
tuli tulim tupá
para para pé
tamramramrã
uúrrul uúrrul
antes que a verdade o destruísse
ele preferiu se camuflar
como a noite
o que era talvez se enganar
e os talvezes vão e voltam
talvez o passado não estivesse errado
nem nós nunca estivéssemos
mas nós nunca sabemos
e o resto
nós nunca sabemos
e ele?
olhou o horizonte tentou tocar as luzes ou ser parte delas e partiu sem saber

domingo, 15 de setembro de 2013

Maldizeres

E então a alma cansa do silêncio
Vozes ápodes, enganos, deja vú
Posso ouvir, mas não escutá-las.

Maldito silêncio
Malditas palavras
Maldito buraco
Onde eu acabei de te enterrar.

Se dissessem que havia morrido.
O silêncio faria sentido.
Mas você apenas resolveu partir
Em seu silencio colossal.

Malditas canções de amor.
Malditas!
Hoje o antecedente sábado
É de luto.
Um luto carregado pelo domingo.

Malditos dias.

Só preciso de um minuto de si.
Um minuto de silêncio
E uma salva-guarda de sinestesia.
Onde está você?
Partira.
Maldito, maldigo-te.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Um lugar nosso

As palavras formam frases desconexas
É preciso deixar as externalidades
Seus rosto e suas vozes
Quero levá-las comigo
Para lugar nenhum, para o nosso lugar.
Exigir que você fique é loucura
Ficará se quiser, se sentir-se bem.
Serei o mesmo
E estarei no mesmo lugar, esperando-te.
Um dia você volta
E se não voltar,
Estarei no mesmo lugar
E serei o mesmo.
Quando você chegar
Quero levar-te comigo
Para o nosso lugar, qualquer lugar para chamar de nosso.
É no horizonte da natureza selvagem
Onde estamos mais altos que as estrelas
E podemos tocar os céus!
É como se as luzes da cidade fossem nossas
E é como se pertencêssemos àquele lugar.
Um lugar para chamar de nosso.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Soneto sobre a certeza e o amor

Não deixeis cair em tentação
Ante ao fugaz calor de uma paixão.
O seu encanto é um náufrago
Não se iluda, Tiago.

O amor é um estrangeiro.
Sem voz, apenas persegue o cheiro.
Sem certezas, dispensa o enredo
Sorri e diz: esse é o segredo.

O cheiro vem como em resumos.
Pelo vento, nos deixam curiosos!
Loucos e dispostos, aventuremos.

O estranho nos desafia ao que podemos.
E as incertezas a caminhos diversos.
Podemos estar bêbados mas, juntos, fiquemos.

sábado, 24 de agosto de 2013

Da força

Enquanto touros levantam a poeira dos paralelepípedos envoltos de cimento e rocha,
Somos leões e juntos fazemos o que nenhum outro animal consegue fazer.
Do nosso horizonte a vida parece desintegrar em cinzas - As grades estão marcadas! 
Como deixamos? Nossas mãos são destruidoras.
Os beija-flores bebem água e não morrem mais - E a realidade é distorcida.
A água escorre pelos dedos - polegar opositor.
Para os olhos cansados, a mente adormecida - Ágora e água!
Somos leões e o nosso rugido ecoa pela savana.
O Ouro! O Ouro! O Ouça!
O agora. Nenhum outro animal consegue fazer.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Soneto de paixão e tortura

Os ventos sopram a nosso favor e nos impulsiona sempre adiante!
Afronte a fronte da fonte dessa tortura.
Pois, o silêncio não é uma resposta!

A frente está o futuro, em que chegamos pelo presente distante!
Embarcar numa paixão é tortura,
Não naufrague nas rochas dessa encosta!

Vire a vela e deixa a ventania virar o veleiro!
Mudam-se os rumos,
Mandam- se os olhares.
O presente e o futuro não são um mesmo tempo?

O amor é um estrangeiro!
Chega como em resumos,
Destruindo paixões e rancores.
Mostra que o seu tempo é apenas um espaço escasso.



terça-feira, 30 de julho de 2013

Leve

As vezes não precisamos saber porque as coisas estão contra nós ou ao nosso favor - é perda de tempo - "Viver ultrapassa qualquer entendimento", já dizia Clarice. 
Sinteticamente conseguimos escrever o que muitas palavras gostariam de dizer, mas vou fazer o inverso e sem um pingo de lirismo, como em meus últimos posts. Estou mais desabafando do que outra coisa, é certo, e talvez isso os espante, mas preciso descrever o meu encontro comigo mesmo que ocorre aos poucos. 
E pouco após eu ter inaugurado esse blog, acho que há cerca de dois anos atrás, perdi-me completamente em mim mesmo por querer me entender e me consertar. Estava confundido por culpa do deus Amor e por não compreender seus maliciosos encantos. Bem, aí entra o entendimento, não sei se fiz errado em procurar entender, talvez sim porque me encontrando muitas vezes me pego no ponto de partida, onde eu estava mais aberto e me sentia leve. Mas a questão é que, nossa, é ridículo, mas eu sofri por amor, e achava que o problema era comigo. O engraçado é que eu olho para trás e vejo não haviam problemas, de nenhuma das partes, mas sim a combinação não estava certa, simplesmente, não combinávamos. Resolvi mergulhar fundo em mim mesmo, me entender e mudar. Mudar a si mesmo é um grande risco, a maioria das pessoas sempre muda, isso pode ser bom ou ruim, é bem relativo. Por conta disso, aceitei algumas mudanças, embora esta fosse a minha maior dor, estava deixando uma parte que eu gostava em mim para seguir um padrão, não somente por outra pessoa, mas pela carreira profissional que escolhi e outros fatores. Amadureci, foi bom eu me colocar sob essa lente, mas como toda lente um dia nós temos que trocá-la, aumentar ou diminuir o grau. Sofri, tornei-me uma ostra, como me disseram, e, não entendia o porque. Havia tanta coisa na minha mente também, mas a principal era: eu não sou mais o que eu sou na essência. Estava deixando com que a dor tomasse conta do que eu era, do que eu escrevia, do que eu fazia, enfim, da minha vida - Tudo ficou mergulhado em dor. Até que uma pessoa, da minha área profissional me disse: você não é mais o mesmo. E era tudo o que eu precisava pra saber o que estava acontecendo de fato comigo. Não precisava procurar buracos em mim e consertá-los. Ninguém é nem nunca será perfeito. Precisava somente me aceitar como eu era e como eu sou. Espero que com isso não tenha perdido muita coisa do que eu sou, ou do que gostavam em mim. E até pouco tempo atrás me vi sem muitos amigos, surtado, enfim, como eu sempre digo: "It's only Rock'n Roll!". Considero que a vida é uma aventura assim mesmo, cheia de subidas e descidas! Afinal, isso quer dizer que estamos vivos, correto? 
Mas percebi também, graças às minhas manias de administrador, que devemos manter a cabeça no lugar, sermos fortes e pacientes, para não surtar, porque se não a gente se perde mais ainda!  E percebi também o vento. Talvez não precisemos saber o porque das coisas, mas precisamos saber identificar o valor que as coisas tem.
Qual é a coisa mais leve que brincando mensuramos?
E é justamente a coisa mais leve que tem o poder de levar as mais pesadas dores.
Sem verdadeiros amigos, procurei um lugar que fosse meu, mas alguém já tentou fugir de casa?
A sensação, pelo menos pra mim, foi terrível. Eu andei um pouco parei numa praça e pensei: vou andar até quando?  Pra chegar aonde? Não tinha um lugar que fosse só meu. Sentia como se estivesse preso numa caixa de sapatos, mesmo com os furinhos para respirar.
Mas foi nessa mesma praça que percebi que quem me dava ar o tempo todo fora o vento.
E eu sempre pedi coisas pra ele, que ele levasse algo pra quem estivesse longe, enfim, coisas de poeta ou então eu só esteja louco mesmo. (O que até então não é novidade nenhuma)
Percebi que ele sempre pode levar o que quisermos para longe.
E que apesar dele ser meio bipolar, ele é um grande amigo.
Pedi, então, que levasse o que eu sentia para longe e um adeus para quem merecia.
E em troca ele tem me trazido coisas muito boas, aos poucos.
Ele sempre esteve comigo, então ele sabe do que eu preciso.
Agora vou comemorar as 10.000 visualizações do blog com meus novos amigos e meu novo amor.

Pois bem, tudo o que eu disse pode ser dito, sinteticamente da seguinte forma: "O vento que fecha uma porta na nossa cara, é o mesmo que nos abre outras portas".

E assim, vou descobrindo novos caminhos.

Estou ficando brega e piegas né?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Das Lágrimas, Desejos e Sorrisos

Lana Del Rey, Manuel Bandeira, Clarice, Tiersen, O'Halloran, rádio, televisão, roncos, barulhos, imagens,
Devo afastar-me de suas vozes para ouvir a minha própria e ser franco.
Entre lágrimas, tento confortar-me ao imaginar que Bruno esteja bem.
A voz ápode seguiu seu rumo sem olhar para trás, e isso me faz sorrir.
Esse é você.
Meu sorriso se movimentava ao ouvir a sua voz e então você se foi.
Nunca soube lidar muito bem com a perda, dizer adeus nunca foi fácil. 
Perdi-me ao tentar reencontrar-te, e isso faz parte do estar vivendo.
Estou tentando.
Aos poucos, eu que não permitia ser amado por mais ninguém além de você,
Estou perdoando-me para que eu possa, enfim, reencontrar-me.
Aos pouco, eu que não permitia ser amado, estou aprendendo a me permitir de novo
Ninguém se compara a você e tenho medo de não te encontrar de novo,
Mas estou aprendendo a aceitar, se for o caso.
Você foi meu vício, estava obcecado e me custou entender. 
Pagamos caro pelos nossos vícios, mas o preço disso eu nem quero saber.
Apenas quero viver a vida que quase perdi por completo.
Esse é meu desejo. 
E o meu adeus com um sorriso. 



sábado, 20 de julho de 2013

Cinema

Ah! O cinema! É onde eu encontro meus amigos, e onde eu sei que não estou sozinho.
E foi com ele que reparei que preciso reaprender a amar.
Amar a vida como a amava antes. Amar os amigos como jamais amei alguém.
Afinal, a vida é um filete do tempo, e os amigos são o que dão sabor e movimento às fotografias que guardamos.
Nunca tive amigos, embora os fizesse com facilidade. Apenas fotos, estáticas, histórias nunca mais compartilhadas. Encaixotadas, como em um túmulo.
É que nunca consegui manter tão perto de mim, um verdadeiro amor.
Porque a vida é líquida, não o amor.
O amor é sólido, se soubermos verdadeiramente enxergá-lo.
A vida é fluida, é fácil lidar com ela, pois ela é objetiva, apenas passa.
Mas antes ela tem de passar pela dureza das pedras.
E as pedras nem sempre são secas, muitas vezes guardam preciosidades, sempre passageiras,
Mas que atrasam a chegada da água em seu destino final!
Uma vida sem pedras no caminho, passa tão rapidamente.
Que torna a vida um álbum de fotos.
Não havia percebido, mas meu coração é como uma ostra.
Metade pedra, metade vida. E antes de reconhecer tal fato, já sabia que ainda havia amor.
Quero transformar a minha vida em um cinema, e trazer os verdadeiros sabores a ele!
Preciso remar e trazer as fotos que deixei paradas para o movimento de uma nova vida.
Preciso reamar!
Reamar é preciso!
Então remo, reamo e remo!


domingo, 30 de junho de 2013

Infância

As lágrimas tomam contam dos olhos ao ver crianças.
O movimento dos corpos como uma dança é natural do ser humano, eis a verdadeira felicidade.
A infância legítima só acontece uma vez enquanto a engessadura se torna cada vez mais resistente!
As pernas colocam-se em movimento de marcha pelo capitão do regime Olhos.
Um movimento contra é um crime contra o natural para aquele que já passou a infância.
Caso em julgado,
Determina sua absolvição, o brigadeiro Olhos da Inocência, a criança.
Um convite à realidade!
Invisível a quem já passou a infância.
Deve ser por isso que as crianças parecem se entendem por mais que tenham diferentes idades.
Ou mesmo entre os bebês!
Meu avô tem alzheimer, minha avó também. Já se esquecem de tomar banho, comer, e até mesmo quem eu sou e, as vezes, quem eles mesmos são.
A infância, reencontra sua face no alzheimer da velhice. A realidade foge dos olhos do regime!
O movimento é sempre um crime para aqueles que já passaram a infância e não encontraram a velhice,
Prenderam-se à fictícia normalidade, uma irreal materialidade. Não respeitam nem aprendem com o alzheimer.
Não há loucos nem santos, nem novos nem velhos. A vida delimitada pela ident'idade é um paradoxo.
A dualidade é talvez a sorte do entendimento, o começo e o fim são a mesma coisa!
O que fica entre é o que determinaremos.
A única certeza que existe no ventre.
À morte, entre!



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Au revoir! - comp. nº 135 / public. nº 100

Quem dera eu ao menos pudesse ter dito adeus.
E assim, eu deixei aquele pássaro de plumas livres tomar seu voo sem volta.
Nunca o tive nas mãos, mas com ele aprendi a olhar o céu, além da copa das árvores
E perceber o encanto das musas.
Tentava tocá-lo mas cada passo que eu me aproximava, ele ousava fugir e sempre voltava.
Ele era o próprio céu
E o seu encanto era o seu sorriso,
O estranho fato de conseguir um movimento contínuo e infinito dos meus lábios.
Eis uma paixão ardente, árida, e de reconquistas - um aprendizado.
Quem dera eu pudesse tê-lo em minhas mãos, guardado comigo - que egoísmo!
O meu pecado é o meu egoísmo. Ele era um pássaro de virtudes.
Suas asas nunca me levaram para longe, esse não era o propósito.
Aventurei-me em meu voo de arte e adrenalina e caí.
Os sentidos atraiam-se e repeliam-se enquanto os sentimentos tomavam formas variadas.
Nossos corpos nunca estiveram juntos.
Fazia do papel branco minha concretude - as recordações, estáticas, contínuas, elípticas
Logo me faziam escrever. Essa era a forma que eu inventei para estar junto a ele.
Hoje estou lendo os meus poemas de trás para frente.
Essa é a parte sólida da lembrança, uma réstia de vida de onde brota esperança.
Estamos  no ponto de chegada de uma elipse em movimento contínuo - a partida.
Quando olhávamos para o céu, inocentes, criativos, inconstantes e, por vezes, incompreendidos.
Os adultos nunca acreditariam que podemos tornar nossas irreais possibilidades
Em nossa surreal realidade! Mas deixei acontecer, os sonhos sempre foram de me encontrar.
Pássaro, pássaro, um dia admirando o céu me pergunta:
Acreditas em anjo? E diz: Eu sou o seu.
Suas palavras me soavam a encantos, para, talvez, salvarem-me.
Entretanto, embebido de egoísmo e adrenalina - de fato, nunca soube me controlar.
Ao dizer que nada dura para sempre, sua voz tomou um tom ápode,
E sua imagem fantasma, transfiguravam-se em minha mente.
Meu egoísmo me iludira, criara uma realidade irreal que se perdera - era loucura, uma obsessão.
Bendita a perda - o que abranda meu coração que não te esquece, é acreditar que nada é para sempre.
As nuvens tomaram o céu e o meu pássaro desaparecera.
Não havia mais luz, não havia mais inspirações, tudo parecia estar posto em cheque. 
Cada passo que dava era incerto, era um sacrifício. O mistério.
No tabuleiro, o branco e o preto se misturavam com o vermelho das feridas.
Se uma coisa eu aprendi é que só não devemos viver para deixar de.
Mesmo que as vezes os dias estejam completamente silenciosos,
Eles só deixam de ser quentes e misteriosos se deixarmos de. 
O tempo.
Reencontrar-te deu a um caminhante sem destino, o seu novo. Mas o mesmo erro me acompanhara.
Eu só queria saber o que ele pensava.
E que reconhecesse o meu amor pelo céu. Que é como eu amo.
O admiro todos os dias, acredito que seja real, concreto, de carne e osso. E eu apenas não consigo tocá-lo.
Talvez não seja o toque. Talvez seja o poder, ou simplesmente o meu não-poder. Descubro-me.
E percebo que transformei a vida em um doce diário. Não há palavras, pois não há limites.
Esqueço-me de mim. E o pássaro também me esquecera.
Uma chance, ao contrário do que dizem, não aparece do nada.
É uma eterna busca de reconquistas diárias. A cada novo dia criávamos um novo sentido.
Para re-amar, re-viver e movimentar os lábios em um novo sorriso.
Aí percebi que já não era a mesma coisa. O céu estava sempre nublado.
A noite chegava e passava mais rápida. E o pássaro já não me acompanhava como antes.
Restara-me aprender com os orvalhos o segredo de um dia após o outro.
Em meus sonhos sem corpos, tudo estava branco. E eu me via sozinho.
O branco me fez recordar, me re-fez pecador, e hoje me faz ver as nuvens do dia quente!
O pássaro me deixara.
Aos poucos o esquecimento tão reclamado e o afastamento tão exigido foram se concretizando.
A sensação de estar sozinho era (e é) horrível.
Nenhuma metáfora intimista o suficiente conseguirá definir essa triste condição.
O que me prova que eu estou longe de me conhecer, longe de me definir, longe dos meus próprios limites.
Um dia o pássaro cruzara o meu céu novamente. Trazendo de volta o meu mais sincero sorriso. 
A beleza daquele momento era (e é) algo inexplicável e único.
Ah! Como a vida é engraçada e embaraçosa! Percebia.
Quando te conheci, meu pássaro, pela primeira vez sentia que algo tinha uma ligação.
E quem sabe tudo poderia ter sido tão mais simples como colocar a linha em uma agulha,
Se eu não acreditasse que eu pudesse te fazer feliz ou fazer todos a minha volta felizes?
Era por isso que precisava sentir-te todos os dias e confortar-me com a tua voz todas as noites,
Mesmo que interrompidas por paixões, as quais julgava entender sem compreendê-las de fato. 
Queria você todos os dias.
Mas quando não corremos atrás do que queremos, nada ultrapassa a fronteira do sonho e da realidade.
Acreditei que poderia ter as pessoas que mais amava sempre para perto de mim.
Porém, fui o pecador egoísta. O ópio do poder me fez perder a razão.
Já não sei se ainda existe uma chance de reviver conquistas e reconquistas diárias.
E quem dera, hoje, eu pudesse dizer ao menos um adeus e o último eu te amo
Ao pássaro que tomou seu voo, nunca mais voltou, nem nunca mais voltará.
Todos os dias, levar-te-ei na solidez da memória,
E eu sempre vou te amar.

O pássaro gosta do mar. 




Saudades!

domingo, 26 de maio de 2013

A capela

- É preciso da chuva para poder florir. É uma pena que as vezes só é com uma chuva que aprendemos a florir, e as vezes a florada é tão rápida, tão efêmera como a beleza das coisas que nem nos damos conta! - dizia a velha senhora à Sofia em um jardim repleto de margaridas ao lado de uma capela.
- E a vida? Replicou Sofia. Estou sentindo a vida como areia em minhas mãos. Uma réstia de vida é o que sobra, ela parece tão efêmera.
- Olhe as suas mãos, ainda há areia nelas. Se você segurá-las firme terá a areia porquanto puder aguentar segurá-la. E mesmo assim, sua mão continuará suja, marcada, é a vida que tivemos e levamos conosco. Se você lavar as mãos, a vida passa, e nada fica. Não lave as mãos agora, Sofia, segure a areia até achar uma ampulheta.
- Não entendo. O que é a ampulheta?
- O tempo. Entregue a areia somente a ele, o quanto for. No final da vida, vemos o quanto ele foi nosso amigo. Apenas não percebemos.
- Tenho medo da morte.
- Enquanto houver areia na ampulheta, enquanto houver vida, viva. Não há o que temer, Sofia.
Sofia arranca uma margarida do jardim. Nesse momento ela percebe que a margarida só tem um destino: morrer. A senhora se coloca no lugar da margarida e da areia do jardim presa àquela flor, ambas ainda vivem nas mãos de Sofia, que já não tem mais medo pois, a capela estava ao seu lado.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

The Goldfish ©

The girl asks her mother about her little goldfish: why it was not moving? Her mother replied that it was asleep, and then the girl asks, why it does not close its eyes to sleep? Her mother replied that it was because it would watch over and take care of the girl's dreams while she slept.
The next day, tired, the mother removes the dead fish from the aquarium without the girl realized it. The night came, and with the little strength remained, the mother put the girl to sleep and begins to read a story - The book falls.
The girl looks at her mother, was static, nothing but her hair moved by the wind were moving, not even her eyes that kapt open. The girl lays down on her lap, closes her eyes and smiles candidly - The mother will take care of your dreams.
The mother's body falls lightly on the girl's body.
The two sleep and the goldfish will take care of your dreams.





Image's copyright:  Joanne Mook Halpin - Milbridge, Maine

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Predição

Um antigo quadro fora feito pelas mãos do pintor. A obra tornara-se um evento para os raros artistas e para toda aristocracia de uma época. Enquanto todos assistiam a celebração, esperava-se pelo tempo que fosse. Esperava-se. Ao longe, nos fundos de uma sala, os espelhos que guardam vozes falam através das faces - estampam o orgulho da aristocracia, em um ambiente negro. Eis o reflexo do futuro quadro espelhando a medíocre vida de privilégios. Direitos que começam quando os de  outros terminam. Não há salvação para quem celebra. Ao fundo o espelho prediz o futuro, e nas mãos do pintor está seu reflexo - o espelho eternizado. Corpos condenados, guardados em um espelho na ponta dos dedos de um artista, um guardador de almas condenadas - o mal eternizado. Seriam os espelhos reflexos do passado ou olhar para o futuro? As almas presas no espelho acompanham a vida com seus próprios olhos, a vigia do mal eternizada pelo artista - o elo entre o futuro e um presente-passado. A concentração pede que se entre em um silencio musical - acho que estou ficando realmente louco - me vejo através de reflexos imaginários, onde a passagem pelo espelho é como a cena de um filme.


quarta-feira, 1 de maio de 2013

O rosto jovem e apodrecido


Nasce do chão uma árvore dourada enquanto tudo está cheio de amor no pátio de cinco minutos, onde 1 segundo é uma armadilha, a bomba de um rosto jovem com pele de pêssego.
Em um minuto a árvore floresce; em dois, dá frutos; em três os frutos caem; em quatro, eles servirão de alimento para outras espécies que se aproximam; em cinco, os frutos abandonados ou contaminados apodrecem e o último segundo é uma armadilha, a bomba de um rosto jovem, a pele de pêssego por cinco minutos, apodrecida.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

É preciso estar louco para ser gênio - exercício

Andarilho. Cineasta.
Metamorfoseado.
Pintor. Escultor.
Eclipsados.
Excêntrico. Passional.
Impaciente. Idealista. Espirituoso.
Equilíbrio?
Sonho. Conhecimento.
IMPACTO.
Natureza Humana.
Viciado. Violento.
Anti-social.
Um enigmático louco depressivo.
Mulholland Drive.
Prazer < Juventude > Desafio
Não tome banho.
Sonhe acordado.
Fale sozinho.

Ame o que você ama.
Ame.
Eu sei que sou louco.



sábado, 13 de abril de 2013

Por las manos


Malditas las manos cuando blandas en la face acaricián la afable ceniza.
Mientras que mirava las hendiduras y las grietas en las piedras, se dio cuenta de algo asimetrico. Manos sobre manos - elles no estaban unidos. Ya eram otras piedras. Olga soma pierdas en tus miradas. Cicatrices y recortes. Por las manos se hacen lo mismo que a el fuego. Las manos que lo crian, son las mismas que lo extinguen. Todo és una pasaje.




Maldizem as mãos quando suaves no rosto acariciam a maciez das cinzas.
Enquanto olhava os recortes nas pedras, percebera algo assimétrico. Mãos sobre mãos - eles não estavam unidos. Já eram outras pedras. Olga soma perdas em seu torso. Cicatrizes e recortes. Tudo é passageiro.


terça-feira, 9 de abril de 2013

A bela poetisa poetiza em canções

"Eu estava no inverno da minha vida - e os homens que encontrei pelo caminho eram meu único verão. À noite eu dormia e tinha visões de mim mesma dançando, rindo e chorando com eles. Três anos consecutivos em uma infinita turnê mundial e minhas memórias deles foram as únicas coisas que me sustentaram, e meus únicos momentos felizes reais. Eu era uma cantora, não muito popular, que tinha o sonho de se tornar uma bela poetisa - mas uma série de eventos desafortunados destruiu esse sonho e o dividiu como um milhão de estrelas no céu noturno, para que eu fizesse pedidos a elas de novo e de novo - brilhantes e destruídas. Mas eu não me importei, porque sabia que ter tudo que você quer e depois perder isso tudo é saber o que a liberdade verdadeiramente é.
Quando as pessoas que eu conhecia descobriram o que eu fazia, como eu vivia - elas me perguntaram por quê. Mas não faz sentindo falar com pessoas que têm um lar, elas não têm ideia de como é procurar segurança em outras pessoas, procurar um lar onde você possa descansar a cabeça.
Sempre fui uma menina incomum, minha mãe me disse que eu tinha alma de camaleão. Nada de uma bússola moral apontando para o norte, nada de personalidade fixa. Apenas uma determinação interna que era tão grande e oscilante quanto o oceano. E se eu dissesse que não planejava as coisas desse jeito, estaria mentindo, porque eu nasci para ser a outra mulher. Eu não pertencia a ninguém - pertencia a todo mundo, não tinha nada - que queria tudo com o fogo de cada experiência e uma obsessão por liberdade que me assustava tanto a ponto de nem conseguir falar sobre isso - e me empurrou para um ponto nômade de loucura que tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta.
Toda noite eu costumava rezar para achar pessoas como eu - e finalmente achei - na estrada aberta. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejássemos mais - exceto transformar nossas vidas em uma obra de arte.Viva rápido. Morra jovem. Seja selvagem. E se divirta.
Eu acredito no que a América costumava ser. Eu acredito na pessoa que quero me tornar, acredito na liberdade da estrada aberta. E meu lema é o mesmo de sempre - acredito na gentileza dos estranhos. E quando estou em guerra comigo mesma, eu ando por aí. Só ando por aí.
Quem é você? Você está em contato com todas as suas fantasias mais escuras? Você criou uma vida para você mesmo na qual é feliz para experienciá-las? Eu criei. Eu sou louca pra cac*te. Mas eu sou livre."
Written by Lana Del Rey ♥


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A vela

Em cima de um pequeno altar, no canto da sala, estava um candelabro e uma única vela.
Tal canto possuía uma certa atração mística - religião e ideologias em conflito - era surreal ou talvez uma real necessidade.
Dia sim, dia não, ele ajoelhava em baixo da vela acesa, e punha-se a meditar sobre sua oração profana - a mesma que lhe corroía por arrepender-se:  Poderia colocar a si mesmo em frente ao disparo de uma arma, para salvar a vida de outrem mas, ao contrário, era ele que a disparara contra quem queria proteger incondicionalmente. O arrependimento é o pior remorso dos homens.
O gotejar da vela sobre si deixa marcas - é insano. A vela  não sente saudades de sua própria dor (na dor do outro). Ele não se arrependera mais por nada. E a vela ia se apagando.



sábado, 30 de março de 2013

O último ensaio

Transcrevo aqui, minha última carta escrita, a última vez em que me preparei para a morte. Meu último ensaio, afinal é vida, apesar de breve, é um longo ensaio.

"Quem dera eu pudesse ter o privilégio de dizer meus últimos pedidos antes de morrer e estes fossem atendidos. Mas se eu fosse morrer dentro de instantes, bem, não tão rápido assim, pois, como dizem, um filme de nossa vida passa diante de nossos olhos, em nossa mente, instantes antes de morrermos, mas acho que este processo é lento, vai passando aos poucos, sem que percebamos enquanto vivemos, sem que demos conta que, por mais rápido que o tempo passe, ele está parado, apenas esperamos a morte chegar. E é assim para que não precisemos olhar para trás e dizer que nos arrependemos do que não fizemos, ou então, para no final encontrarmos um arrependimento que não possa ser reparado.
Ah! Quem dera os arrependimentos resumissem alguma coisa no final. Daqui, realmente, nada se leva. Por isso, em meus últimos momentos, nada melhor do que admirar-me, poder dizer, afinal, que quando me chamavam de covarde, bem, eu é quem ria disso - que tudo isso era, na verdade, para me alegrar. Pena que nem a admiração ou orgulho vou levar daqui. As memórias e os feitos ficarão somente com as pessoas que se lembrarem, e que também passarão. Quem dera ao menos nossa memória restasse.  Bem, não seria justo com a vida se isso ocorresse - porque vivermos de lembranças, muitas vezes tristes e que não voltariam nunca mais? A vida não se resume a isso e a morte, como já dizia Manuel Bandeira, meu grande amigo, a morte é um milagre! Simplesmente porque não levamos nada daqui! Isso me dá força para seguir e encontrar o meu breve destino. 
Mas, afastemo-nos do egoísmo de mim, quem dera meus pedidos fossem atendidos. Quem sou para pedir algo, enquanto, por conta da efemeridade da vida, e da morte, que valida os milagres, talvez, não vemos ou fingimos que não vemos e deixamos todas aquelas crianças famintas morrerem de fome, todos os dias, e que ainda dormem dando graças (a quem?) por poderem dormir, e quem sabe, nunca mais acordarem, pois isso acabaria com todo seu sofrimento e, dignamente, servirem de alimento aos abutres! Quem dera estas mesmas crianças tivessem a mesma oportunidade que eu tenho de serem ouvidas,e  que o último desejo de suas vidas fossem viajar para a Disney, ao invés de pedirem, em seus últimos suspiros: "Comida, (a quem?), porque me abandonastes?" Duvido que deus tenha as abandonado. O único pecado dessas crianças foi terem nascido em um mundo egoísta, de pessoas egoístas, que tão só existem, escolhendo ser pseudo-felizes achando que vão levar algo daqui, mas não mais vivem, já que nem a existência levamos com a morte.
Agora olhe para si mesmo, como eu me olho, e sinta a mesma vergonha que eu sinto, bem, nem a vergonha levaremos daqui. Quando olhei para mim, logo percebi que era só mais um no mundo, como aquela criança que deixei e deixamos morrer. Porquê? Porque não quisemos vê-la, a esquecemos como a morte e a vida um dia nos esquecerão!  E por isso ainda, este é meu último castigo, embora não haja perdão para tal pecado, deverei morrer, tornar-me esquecimento e não ter meus últimos desejos alcançados. Esta fora minha última doce e amarga ilusão! Aliás, as pessoas fazem seus últimos pedidos com tamanha convicção que me fazem perguntar: Onde estava nossa ética, nossa moral, nossa dignidade? Que dignidade temos para querer alguma coisa, se nem meu corpo poderei deixar para os abutres comerem como aquelas crianças, dignamente fizeram, sem que seus pedidos fossem atendidos, nem ao menos pelo que há de mais sagrado existente?
Daqui nada se leva, nem nada fica. Um dia tudo que existiu é esquecido, se decompõe e explode! Para nos tornarmos novamente matéria de estrelas e depois renascermos, como crianças famintas que, sem comida, morrem e morrerão e morrerão e morrerão.
E eu ainda estou querendo algo? Que alguém leia o texto e, talvez, mobilize-se? Quem dera eu fosse digno de pedir que meus últimos pedidos se realizassem."



☆ 10-01-1992
 xx-xx-xxxx
"Tudo tem um tempo e limite"

sexta-feira, 29 de março de 2013

L'amour dans un sourire


Votre nom marque encore mes lèvres
Dans d'un muscle qui se déplace de mon corps
C'est votre pouvoir.
Vous dites que nous vivons en harmonie
Bien que nous ne sommes pas ensemble.
Vous me déplacez dans une vibrante synesthésie,
Je sens le café et la cigarette melangés dans ma bouche
Dans mes rêves - pas.
Je n'essaie pas d'atteindre le ciel à nouveau.
Vous dites que nous vivons en harmonie
Et c'est notre chanson - une vibrante synesthésie!
Vous me déplacez,
Et je suis le mouvement de mes lèvres
Et ce qu'ils écrivent.
J'ai souri.



Do que valem os sorrisos, se muitas e muitas vezes eles não são diários, me pergunto. Esta é uma questão que eu talvez tenha que aprender. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Risos

Quero embriagar-me mais! Para, sinceramente, rir, pois, não há quem para risadas forçadas. Afogo-me na poesia que, assim como a música, são minhas drogas e como tais, cada uma possui o seu efeito. Ah! Sim! Essa é minha verdade, meu ilusionismo vibrante! Mas tudo mudou, O'Halloran, e como tudo muda, a melodia não ressoa como antes, também ficara muda. É questão de intimidade, de penetrar na veia, ser sangue do sangue, e Tiersen, como vai? Meus bons amigos, só vocês para me fazerem rir.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Perdi tudo

Aconteceu como um deja vú, deveria saber, estava somente preparado. E foi aí que percebi que estar preparado, levar consigo as armas não é suficiente. Retorno ao chá com bolos, na companhia de Clarice, Augusto e Manoel - amigos inseparáveis de minha literatura orgânica e psicótica. Retorno a minha verdade subjetiva e simbolista discutindo a fraude de Freud, entre os impulsos de vida e de morte. Reconheço que perdi tudo, ao olhar para o meu próprio reflexo e me ver sem face, não de maneira simbólica, mas sim realista, arranquei-a de mim mesmo porque não podia mais me ver sem você. E sim, torno-me um robô inteligente, não como aqueles que se deixam levar pelo seu sistema, mas um robô com sentimentos treinados de uma inteligência racional humana - talvez não entendam. Reconheço que perdi-me e que tudo perdi, mas o pior é que perdi, perdi sem perder nada.


 E talvez não saibam que assim se perde todos os dias. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Terra do Sol

Não a confundam com a morada do Sol.
Na Terra do Sol se encontram encantamentos,
Não como os do cárcere - onde só há flagelos.
Na Terra do Sol nos movemos, iluminados,
Onde no brilho configuram-se esperanças e,
Mesmo quando pensamos que já reconhecíamos todos sentidos,
Inspiram-se raios, como os de eletricidade.
Sem sentido.
Movimentos involuntários ao redor dos lábios
Querem recriar nossas expressões e dizer:
Tudo o que fora é passado.
Y
"POR QUE CUANDO UNO CREE QUE YA VIO TODO, TU APARECES COMO SI NADA, OKO HAIZENWOGGER, Y ME PONES ESTAS PRUEBAS... QUE COSAS..."


domingo, 20 de janeiro de 2013

Crise dos 20

A juventude está mais próxima do fim?
Nossas memórias parecem descrever uma vida toda, bem longa
Mas que passou muito rapidamente e em tão pouco tempo...
Estamos correndo!
E pra que ir tão rápido?
Já crescemos tão rapidamente!
Em breve ainda seremos jovens adultos...
E muitos com pensamento de jovens de 40 anos!
Quero meus 20 anos com 20 anos!
Meus 40 anos, só aos 50!
Parece outras vidas! Só não queremos adiantar as coisas!
Não vivemos o mesmo tempo, isso é um fato
Mas não viveremos a vida que não se sabe...
Esperamos, pensamos, repensamos, corremos se for necessário...
Voltamos atrás, fazemos planos, esquecemo-os, começamos novos!
Entregamo-nos a amores, à promessas, arriscamos...
Dizemos sim, não diremos não!
Porque esse é o tempo para tudo isso...
Mas se você formos tão depressa, viveremos de momentos...
Muitas vezes breves momentos... a triste efemeridade...
Momentos nos quais, se não repensarmos em nossa verdade,
O que queremos, onde estamos e onde queremos chegar..
Poderão nos trazer muitas dores, até mesmo cicatrizes irreparáveis...
E tudo vai passar tão rápido, mas tão rápido em nossa frente...
Que chegaremos a pensar que vamos morrer...
Mas se liga! É só a preguiça mesmo!
Então, correremos! Correremos pra onde o nariz apontar!
Nossa juventude só não está próxima é do fim...




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