domingo, 15 de setembro de 2013

Maldizeres

E então a alma cansa do silêncio
Vozes ápodes, enganos, deja vú
Posso ouvir, mas não escutá-las.

Maldito silêncio
Malditas palavras
Maldito buraco
Onde eu acabei de te enterrar.

Se dissessem que havia morrido.
O silêncio faria sentido.
Mas você apenas resolveu partir
Em seu silencio colossal.

Malditas canções de amor.
Malditas!
Hoje o antecedente sábado
É de luto.
Um luto carregado pelo domingo.

Malditos dias.

Só preciso de um minuto de si.
Um minuto de silêncio
E uma salva-guarda de sinestesia.
Onde está você?
Partira.
Maldito, maldigo-te.

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