segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Coragem

Pessoas vivem de formas e formas,
É mais que visual, a questão é agarrar-se à natureza.
A gente se perde no espaço e no tempo
Quando perdemos o próprio tempo, parados, 
Pensando num futuro inexato.
Mas também nos perdemos 
No ser, em sua essência e humanidade,
E no ter natural de cada essência.

Fecho os olhos,
Imagino corpos,
Diferentes em essência,
Naturais na existência.
Iguais acima de tudo.
Como coisa pouca transforma?
São os detalhes!
Os detalhes!
Os detalhes...
Fecho os olhos, 
Imagino corpos, 
Seres na existência
Naturais em essência.
Há pois, naturezas individuais,
Certas que, me bloqueiam o ser, 
Não para ter, nem para ser. 
É a natureza da coragem, 
Que me prende e me protege,
Vivo entre grades de coragem,
Se as agarro vivo e revivo medos e dores,
Que me matam todos os dias, 
E assim não espero a morte,
Quando ela vir, já estrei pronto.
Vivo entre grades de coragem, 
Mas a elas prefiro não me agarrar, 
Quero esperar a morte, protegido da incerteza,
Que é o que me diferencia - a natureza da coragem.
Não estou pronto para outra vida, 
Quero viver para sempre, 
Quero viver o aqui e o agora, 
Gozando das diferenças da essência da existência
Nos detalhes!

sábado, 20 de agosto de 2011

Recortes

"Acho que eu e você somos dois curiosos e que acreditam nas pessoas, costumo dizer na beleza das pessoas, mas não aquela beleza física e clara, aquela beleza que desperta nossa curiosidade, e que as vezes se esconde..."

O dia do ator

Meu palco está vazio
Como se já estivesse passado
A ultima cena do ultimo ato
Mas luzes dos olhos da platéia
Que brilham vislumbrando um futuro
Incerto
É o que me ilumina
Me colore
E cria esperanças
Às varias faces
Ora na comédia
Ora na tragédia
De um mesmo ser
Ou da maquiagem do personagem - espelho da própria luz!
É a vida
É a filosofia da vida
No palco
O ator nada mais é que um ser humano
Que pensa, observa, vive,
Empresta seu próprio corpo e ensina
O que é a vida.
O ator é o verdadeiro filósofo em cena
Num palco
Vazio
Mas cheio de verdadeiras vidas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Meus lábios


Costumo dizer que águas passadas não movem moinhos.
Mas serei maquiavélico ao lembrar que a água se transforma em ciclos

E talvez o que se passou volta,
Transformado como numa metamorfose, 
E move meus lábios num sorriso.
O mesmo sorriso de antes, 
Do que já se passou e voltou,

Perdeu-se e fora reencontrado
E, agora, aqui comigo ficou.

Me trouxe de volta aquele sorriso.
O mesmo sorriso de antes,
Mesmo assim, já não é a mesma coisa.


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