domingo, 26 de setembro de 2010

Imagem II


Minha imagem parece esperar conformada.
Espera por algo que teve, mas um dia deixou escapar com a promessa que voltaria.
E, enquanto isso, o destino ri.
Ri, pois nunca o entregará de volta.

Modelo: Andréa Calderan

sábado, 25 de setembro de 2010

Imagem I


Essa imagem traduziu meu dia de hoje.
Não me passa tristeza, nem tédio. Mas sim, adimiração!
E assim, minha felicidade. Um dia lindo!

Modelo: Andréa Calderan

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Peixe Dourado

A menina pergunta a mãe sobre seu pequeno peixe dourado porque ele não se mexia.
A mãe responde que ele estava dormindo.
Em seguida, a menina pergunta porque então, ele não fecha os olhos para dormir.
A mãe responde que era porque ele iria vigiar e cuidar dos sonhos da menina enquanto ela dormia.
No dia seguinte a mãe retirara o peixe morto do aquário sem que a menina percebesse.
Chega a noite e a mãe põe a menina para dormir, começa a ler uma história e para.
O livro cai.
A menina olha sua mãe, estática, ela não se mexia mas estava de olhos abertos.
A menina deita em seu colo, fecha os olhos e sorri singelamente - A mãe cuidará de seus sonhos.
O corpo da mãe cai levemente sobre o corpo da menina.
As duas dormem e o peixe dourado cuidará de seus sonhos.

O Livre-arbítrio

Estou acreditando.
Tenho fé.
Porque você quer interferir em minha vida agora?

Estou cético.
Tenho fé.
Onde está você?

Estou acreditando.
Isso não basta.
Tenho fé.
Mas preciso acreditar.
Tenho o livre-arbítrio!
Mas é muito fácil justificar certas coisas assim.

Você pode me ver,
Você pode me tocar
Sem ninguém saber que eu existo.
Você me encontrou.

Passagem

Os sentidos se atraem e se repelem.
Os sentimentos tomam formas variadas.
A dimensão não deixa de existir, nem são três.
Ela é infinita.
Eu caminho:
Ora vejo, ora toco, ora sinto, ora degusto, ora escuto.
Ora transvejo, ora transtoco, ora transsito, ora transtorno-me.
Transpassam-se os cinco sentidos.
Atravessei uma parede de vidro.

A Viagem - dialogando comigo mesmo.

Estamos tão perto mas ao mesmo tempo tão distantes.
É uma simples viagem o grande problema?
As viagens levam e trazem vidas.
Une e separa pessoas.
Então porque viajamos?
Eu busco o melhor.
Eu busco o que me satisfaz.
Eu me arrisco, é a adrenalina.
Mas ao menos, eu tento, esqueço os medos e vivo.
Vivo novas vidas.
Morro por overdose de adrenalina.
Fico onde estou.

A Dança que me cercava.

Eu sentado.
Duas mulheres.
Dois rapazes.
Os casais se olham mas vêem apenas um casal.
As mulheres se olham.
Os homens se olham.
E o que cada um vê é uma companhia.
Eu apenas os olhara.

Eu sentado.
Duas mulheres se levantam.
Dois rapazes.
Num caminhar singelo, as mãos se atraem e os dedos se cruzam.
Num bailar singelo, elas sorriem.
Eu apenas as olhara.

Eu sentado.
Duas mulheres em sincronia.
Dois homens se levantam.
Num caminhar bruto, a mão cola no peito, os corpos se atraem.
Num bailar brutal, eles sorriem.
Eu apenas os olhara.

Eu sentado.
Duas mulheres em sincronia.
Dois homens em ressonância.
As conexões transpassam seus corpos.
Já não são corpos, são suas almas!
Apaixonadas...

Eu sentado, sorrio, levanto e saio.





Sem Você ou Com Você - meu primeiro poema.

Sem você eu penso no futuro.
Com você eu vivo o presente.
Sem você minha vida cai na rotina.
Com você cada dia é um novo dia,
Único por ser especial.
Sem você minha vida é um tédio.
Com você, eu brigo, suspiro... vivo!
Nos resolvemos e nossas vidas criam um novo sentido.
Sem você, sou um simples e solitário "eu".
Com você, somos "nós" e não há mais nada que valha tanto a pena...
Sem você, o que eu posso amar sempre mais?
Com você, eu sempre tenho um motivo a mais para amar.
Sem você as noites se tornam frias e tristes.
Com você, o dia quente e harmonioso parece não ter fim.
Sem você as horas não passam.
Com você, aprendo a espera o tempo passar,
Pois sei que vou te ver.
Sem você eu busco inspiração.
Com você, minha inspiração se concretiza.
Sem você ou com você?
Já não mais importa.
Sem você ou com você é uma brincadeira,
Uma flor a menos em meu jardim
E que agora seca e morre em minhas mãos,
Enquanto você parte sem perceber o estrago.
Me restam as lembraças.
Me resta somente o aguardar de um novo começo,
Uma nova beleza,
Uma nova inspiração.

Oko Haizenwögger e Elen Souto.

Oko Haizenwögger

Não sei se sou mais do que o espelho pode refletir.
Não sei se sou mais do que aquela foto em ser quarto.
Não sei se sou mais do que você pode tocar.
E por isso você não me encontra,
Por isso voê não me vê.
Por isso você não sente a inha falta.
Mas eu existo.
Embora não conretamente, eu existo.
E tenho um coração
Que palpita duplamente, não em sincronia, mas em ressonância.
Duas vidas que coexistem.
Duas vidas independentes mas dependentes,
Duas vidas que dialogam se completam.
Eu sou o que me faltava.
E o que faltava aos meus olhos,
Dois novos olhos
Que desvendam os detalhes,
A sutileza de um momento de tristeza
Ou a dor de um momento de felicidade.
Detalhes, sutis, e que não se esgotam apenas em palavras.
Descubra-me.

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