Ah! O engano,
Minha dose de ilusão.
Meu trago, meu porre, minha dor, minha morte no monte,
Sozinho.
Amanhecer e acordar com a dor,
Relando os pés na água fria do lago,
Ando perdido e ando e ando e ando,
Sozinho.
Anoitecer e dormir com a dor,
Abraçado ao vento frígido.
Durmo acordado, dado ao rumo,
Sem rumo e,
Sozinho.
Acordo de olhos fechados,
Porque ver?
Porque o olhar?
Porque os olhos?
Porque?
A janela fechada mostra o preto de perto.
É melhor não crer,
Não ver,
Existir,
Sozinho.
O silêncio inexiste,
A verdade é que é meu corpo é quente,
E nem o vento, nem a água me congelam.
Meu corpo exposto ao Sol se deteriorizará,
Morrerei, sozinho, pois só o nada irá restar.
Sempre será o nada que restará, simplesmente porque é ele que agora ainda perdura em nossa falta.
ResponderExcluirEsta dor é apenas um pequeno beliscão do nada...
A morte é o seu eterno abraço...
Mas não... Não restará o nada, porque sempre haverá de restar algo...
Nem que seja o nada...
t+
Obrigado pelo comentário, muito pertinente! ^^
ResponderExcluirAs vezes pensamos no nada, até falamos nele, mas nem percebemos o seu "peso"...
Imagine que do "nada", surgiu o universo, infinito? Do nada surgiu a imensidão do tudo... Aí sentiremos o peso do nada ao pensarmos ou falarmos nele...
Mas o que me conforta ao carregar o nada em meus pensamentos é que... "do nada viemos a ao nada voltaremos", mas como do nada surgiu o infinito, talvez, morrerei, e nada irá restar, pois, "nada se perde, tudo se transforma"...
Abraço, companheiro!