quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Repetição

Ando em círculos, 
Pulando poças,
Tropeçando em erros,
Admirando as diferenças em seu estado natural societal,
Atravesso paredes, 
Ora de vidro, 
Por onde te vejo, 
Ora de concreto, 
Que não faz diferença,
Não crio expectativas
E o que tem que ser, é!


Ando em círculos, 
Pulando poças,
Tropeçando em erros,
Admirando as diferenças em seu estado natural societal,
Atravesso paredes, 
Ora de vidro, 
Por onde novamente te vejo, 
Ora de concreto, 
Que não faz diferença,
Não crio expectativas
E o que tem que ser, pode ser...
Mas já não é a mesma coisa.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Palavras Bonitas

Minhas últimas palavras tem sido bonitas,
Talvez, porque sejam as minhas últimas.
Já não sou mais o mesmo,
Nem nunca mais o serei.
Estou deixando a matéria,
O corpo e meu espírito.
Partindo para a inexistência concreta
Da cicatriz da lembrança
De quem me ama e nunca me esquecerá,
De quem me ama e me esquecerá em uma semana,
De quem me ama, mas vive a sua vida.
E de vidas e vidas a vida se renova.
A morte é o milagre,
O brilho do fogo que eu vejo no final da escuridão
E que consumará meu corpo e meu espírito.
Serei a cinza livre de existência.
Serei guardada ou jogada à finitude da matéria
Para aonde nunca mais voltarei.
Mas as palavras bonitas imateriais e concretas,
Elas me eternizarão na cicatriz do futuro,
E quem sabe um dia...
As palavras bonitas,
Transformem-se em cinzas,
Mas ainda assim,
Fragmentada em flashes de memória,
Lágrimas e sorrisos,
Retornem e te encontrem.




terça-feira, 11 de outubro de 2011

A morte


E aquele foi o seu último sorriso,
Um útimo sorriso de adeus.
Há certas coisas na vida para as quais devemos nos preparar
Como nos preparamos para a morte,
Embora nunca estejamos preparados para ela.
Eu tinha a certeza de que tudo o que era, estava sendo certo!
Eu tinha a certeza de uma incerteza.
Eu acreditava na mentira,
Me sustentava nelas e assim eu vivia.
É triste pensar, rever e me ver.
Sorrir pelo tempo perdido,
Sorrir pela ferida dolorosa que já corrói os meus ossos,
Sorrir, pelo dinheiro gasto, o qual eu também não trouxe comigo.
Aliás, não trouxe nada além de sua voz ápode,
E que me persegue nesse labirinto de inexistência.
Hoje, e por quanto durar a sua existência,
Eu estarei lá, e esperarei por você,
Material, feito de carne, ossos e vermes,
Entre quatro faces de madeira,
Enterrado e abandonado,
Mas eu estarei lá por você!
Não traga o vermelho das rosas ou o branco dos vermes,
Estarei esperando o abraço apertado e fantasma,
O qual não passou de promessas.


LinkWithin

Related Posts with Thumbnails