quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Palavras Bonitas

Minhas últimas palavras tem sido bonitas,
Talvez, porque sejam as minhas últimas.
Já não sou mais o mesmo,
Nem nunca mais o serei.
Estou deixando a matéria,
O corpo e meu espírito.
Partindo para a inexistência concreta
Da cicatriz da lembrança
De quem me ama e nunca me esquecerá,
De quem me ama e me esquecerá em uma semana,
De quem me ama, mas vive a sua vida.
E de vidas e vidas a vida se renova.
A morte é o milagre,
O brilho do fogo que eu vejo no final da escuridão
E que consumará meu corpo e meu espírito.
Serei a cinza livre de existência.
Serei guardada ou jogada à finitude da matéria
Para aonde nunca mais voltarei.
Mas as palavras bonitas imateriais e concretas,
Elas me eternizarão na cicatriz do futuro,
E quem sabe um dia...
As palavras bonitas,
Transformem-se em cinzas,
Mas ainda assim,
Fragmentada em flashes de memória,
Lágrimas e sorrisos,
Retornem e te encontrem.




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