domingo, 19 de dezembro de 2010

O Lar

Abri os olhos e o que eu vi foi um simples branco.
Com pequenas imperfeições e algumas manchas esquecidas ou simplesmente ignoradas.
As palavras que acompanham o vento são assim.
Esquecidas, ignoradas ou guardadas.
Só as encontramos ao abrirmos nossos olhos.
Porém, abro meus braços e abraço um livro inteiro!
Sinto cada palavra preencher cada poro do meu corpo.
Essas se tornam as lembranças.
Mesmo as imperfeições do teto branco são perfeitas!
O piso áspero e sujo me faz ter certeza de um passado feliz!
Mesmo o branco com suas imperfeições e o piso áspero e sujo são perfeitos.
O verde desbotado das folhas do quadro da janela do quarto aconchegante!
As cinzas de um momento tumutuado ainda quente do aprendizado da vida...
As palavras, os desenhos escondidos no mofo das paredes, a cor, a beleza, a sutileza,
O conforto da memória de um lar, onde cresci, onde aprendi, onde vivi!
Mesmo sobre o concreto de palavras ao vento,
Ainda é meu aconchegante lar.


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