Sem saber, os passos que ele dava levavam-no para a beira de um abismo.
Era um caminho sem volta.
Sem rastros da ação humana,
Nem os pássaros se importavam,
Nem as cobras se intimidavam,
Era um homem invisível a toda ação da natureza.
Era mais uma alma que caminhava constantemente.
Tão constantemente que o mundo parou e ele continuou...
O vento tentara soprá-lo para longe do abismo,
Mas era como um lobo soprando um muro de tijolos.
O homem seguiu com seu caminhar constante
E não havia nada que o desviasse de seu caminho.
Nada material, nada mais constante, nada mais concreto.
Aquele era seu destino.
A grama já estava alta e cobria sua visão.
Seu caminho estava chegando ao fim.
Qualquer passo poderia ser seu último,
Cada passo era uma incerteza,
Cada passo inconstante,
Cada passo de um caminhar constante.
Foi mais um passo e o homem e a alma encontram o abismo.
O imaterial se chocou com o nada.
O constante descobriu o inconstante
E estes partiram em ressonância num caminho sem volta.
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