Você fala da lógica como se ela explicasse tudo aquilo o que você vê: nada além da pupila.
Você se esconde em um único caminho, fechado e obscuro - um mistério.
E ainda quer descrever como é ser o "caminhante do além" - um caminho de lógica, irreal a toda realidade humana - só porque cruza todos os caminhos, todas as vidas, como um vampiro que rouba o drama dessas vidas e escreve, em seguida, um único caminho, ideal ou lógico a todo ser humano. O que lhe falta é só um pouco de humildade, ou maturidade, para aceitar que o ser humano não é uma maquina, é uma alma e um corpo, cheios de mistérios, surpresas e sua lógica, mas sempre diferentes.
Creio que esquecera simplesmente que anda sob os átomos da sombra que escondem a luz de seus olhos e o fazem enxergar somente o seu caminho. Esquecera que "cada ser tem sonhos a sua maneira"(Noite Severina - composição: Lula Queiroga / Pedro Luíz), e que lógico seria se você soubesse controlar seus sonhos e morresse em seguida, pois faria sua vida, ou a vida de muitos, perder o seu sentido, já que tornara tudo previsível. Vivemos, sofremos, choramos ou sorrimos simplesmente para morrermos? Qual o sentido, a beleza, a graça de se viver só da lógica da vida? Não é para isso que, pelo menos eu, vivo.
Ainda bem que eu não sou o único que me contradigo a cada palavra, é que eu sei que um poema é simplesmente um poema para a vida de quem o escreve, para a realidade de um poeta, de um sonhador que crê que nada é impossível e torna o sonho uma realidade. E é para isso que eu vivo.
Sonhos e realidades convivendo sob os acordes dados pelo poeta.
ResponderExcluirUm bj
Sim, onde o o lógico e a metafísica se misturam, criando dimensões surreais, novas dimensões, desconhecidas pelos homens, mas conhecidas pelos poetas até mesmo aquele que busca as razões, a lógica de um sistema inexato caminhando pelo além.
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