quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O espelho, a verdade

Olho e me encontro perdido.
Olho e nem me vejo
Olho e não sou eu,
Não posso ser o que sou.
Você diz que eu estou perdido
E eu choro.
Abaixo minha cabeça,
Nem ao menos vejo por onde ando.
Porque você não me ajuda?
Eu não consigo sair daqui sozinho.
Meu consciente grita:
Quebre esse espelho e corra!
Corra e deixe os que te julgam pra trás,
Corra e deixe o suor derreter a máscara que te cegara.
Corra e deixe para trás aquela imagem,
Mas pare. Correr te cansará.
Cuspa todo o veneno que você fora obrigado a engolir.
Coma as flores, o limo, o verde, o amarelo, o vermelho vita-mín-icos.
Beba a chuva, o chuvisco, o azul, mineral, natural...
Forme-se, transforme-se, melhore-se.
Com o tempo se ganha tempo,
O dinheiro que se perde logo se encontra,
A vida se renova pelo sangue, pelo suor e pela verdade.
Olho e sei onde estou.
Olho e sei quem está comigo.
Olho e sei quem eu sou.


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