quarta-feira, 1 de junho de 2011

Chaim

I

Até quando você vai conseguir dizer não,
E deixar transparecer essa máscara que não é você?
A quem você quer enganar?
Você só engana a você mesmo.

Até quando eu vou conseguir dizer não,
E deixar transparecer esse máscara que não sou eu?
A quem eu quero enganar?
Eu só engano a mim mesmo.


II

Eu não sei mais quem eu sou
Nem mesmo o que sou.
Qual o sentido da minha vida?
Que importância tenho nesse mundo?

Até quando você vai conseguir dizer não,
E deixar transparecer essa máscara que não é você?
Não basta ser só você
O mundo não vai te enxergar assim.

A fé é a única coisa que me resta,
Mas que também não pode me ajudar.
Estou condenado a viver este inferno.

Cortaram a minha garganta e me deixaram no escuro
Ao som das batidas do meu coração que sangrara até congelar
E agora é uma pedra, branca, com esperança de ainda assim se salvar.


III

O amor esquecera quem eu sou.
Como flashes de memória
 Vejo as faces de meus amores distantes e eternos
Que na lembrança os atém
Esquecidos, porém.

Não posso ter tudo,
Somente o nada
Ou o pouco daquilo que nunca terei.
Eu nunca sei.
E por isso, por mais ninguém esperei.


IV

Perguntas se me arrependo do que que fiz
E eu direi que sim.
Viver a solidão é viver o maior dos infernos.
E o que eu fiz pra midar a minha vida?
Direi: nada.
Simplesmente porque eu não sou o culpado pelo que eu me tornei.
A culpa é a cópula
Que se perdeu em uma fábula
E perdeu todo o encantamento.

Até quando eu vou conseguir dizer não,
E deixar transparecer esse máscara que não sou eu?
A quem eu quero enganar?
Eu só engano a mim mesmo.


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