O que faltam não são milagres, mas sim o simples acreditar.
A minha face já não é a mesma.
É menos elástica, menos...!
E meus lábios parecem querer voltar-se para dentro da boca.
Já não é o tempo que me envelhece
É o meu ser que, aos poucos, fora metalizando-se
Minha face já não é a mesma
Minha face robótica e incompleta
Meu ser em processo
Progresso ou retrocesso?
Ah! O poder!
Tecnologias de dominação
Eu sou o meu produto
E cliente do Estado
Que me cega nessa propaganda
E maqueia a sociedade como se maqueia um defunto!
Frio, pálido, doente.
O que faltam não são milagres, mas sim o simples acreditar.
Acredito que eu, máquina de sangue, VIVA.
Tão racionalmente e tão vivo como um sistema inventado.
E assim eu acredito em mim.
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